quinta-feira, 26 de abril de 2012


                                           Jovens geniais



Eles ainda não terminaram o ensino médio, mas já se destacam em temas complexos, como robótica e tratamento do câncer.


As façanhas alcançadas por estudantes prodígios têm se tornado mais complexas a cada dia. Isso acontece porque há um crescente nível de autodidatismo entre os jovens, mais acesso à informação e menos barreiras entre eles e as universidades. Hoje, a distância de um aluno com uma boa ideia de um professor que pode orientá-lo não é maior do que alguns cliques. "Jovens génios não aparecem do dia para a noite, e não é só a inteligência que garante o sucesso. Eles precisam de apoio, sobretudo de seus professores", diz Rubem Saldanha, gerente de educação da Intel Brasil. A empresa realiza anualmente, nos Estados Unidos, uma grande feira de ciências, com participantes de mais de 60 países.


Feiras e olimpíadas de conhecimentos são bons celeiros de estudantes com altas habilidades. A Febrace (Feira Brasileira de Ciências e Engenharia), realizada todos os anos pela Universidade de São Paulo, e a Mostratec (Mostra de Ciência e Tecnologia), da Fundação Liberato, no Rio Grande do Sul, são as principais do país. A décima edição da Febrace registrou crescimento do número de participantes, que este ano chegou a 743 estudantes finalistas, quase quatro vezes mais do que na primeira edição. "Os estudantes têm desenvolvido projetos mais complexos, muitos em parceria com universidades", afirma Roseli de Deus Lopes, coordenadora-geral da Febrace. Projetos complexos não assustam os cinco jovens prodígios que você vai conhecer a seguir. Eles se destacam em áreas tão diferentes quanto a programação avançada, a robótica e o tratamento de doenças como o câncer. E têm em comum a pouca idade.


Leonardo Bodo, 17 anos, sempre gostou de bichos. A cada visita ao sítio do avô, em Mairiporã, na Grande São Paulo, tinha a chance de observá-los na natureza. Quando entrou para o projeto Cientista Aprendiz, do Colégio Dante Alighieri, onde cursou o ensino médio, começou a trabalhar com aranhas. O interesse o levou ao Instituto Butantan, um dos principais centros brasileiros especializados em pesquisas biomédicas. Como estagiário voluntário, Leonardo focou sua pesquisa nos casulos que protegem os ovos das aranhas, chamados ootecas.


"Os ovos são uma ótima fonte de nutrientes e teoricamente deveriam atrair fungos e bactérias", diz Leonardo.


Mas como eles permaneciam intactos, o estudante levantou a hipótese de que as aranhas depositam na teia e no casulo um material com propriedades antifúngicas e antibacterianas. E não deu outra. "Descobri nove substâncias antimicrobianas, três delas desconhecidas até agora." No futuro, elas podem se tornar antibióticos ou remédios para o tratamento do câncer. As pesquisas o levaram às duas principais feiras de ciências brasileiras, em São Paulo e no Rio Grande do Sul, e à maior feira de ciências para estudantes pré-universitários do mundo, a Intel Isef.


Mais do que experiência, o garoto trouxe na volta ao Brasil três prémios, entre eles o de terceiro colocado na categoria bioquímica da Isef de 2010. Enquanto espera respostas - e uma bolsa de estudos - de uma das oito universidades americanas onde pretende cursar sua graduação em bioquímica, Leonardo se dedica às pesquisas no laboratório do Instituto Butantan e ao seu hobby favorito, a fotografia.

O acesso a diversas informações,artigos e conteudos esta se tornando cada vez mais fácil graças as novas tecnologias,como vemos na matéria acima os jovens fazem da nescessidade e da curiosidade ferramentas que os intitulam geniais mesmo que ainda não tenha terminado o ensino médio .

Aretha Karla
Bianca Oltramari


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